Esteatose hepática: tudo o que você precisa saber em 5 tópicos

É bastante provável que você já tenha ouvido falar nessa doença de nome aparentemente complicado.  A esteatose hepática (popularmente conhecida como ‘gordura no fígado’) está cada vez mais em evidência, por dois motivos principais: tem crescido o número de casos no mundo, e também novas descobertas nos últimos anos apontam para a necessidade de maior atenção com esses pacientes. Antes considerada uma condição sem grandes repercussões sobre a saúde, hoje a  esteatose hepática é reconhecida por seu potencial de sinalizar uma doença mais séria do metabolismo, por estar associada a maior risco de mortalidade e até mesmo evoluir para formas graves de doença do fígado, como a cirrose.

Diante disto, é muito importante saber:

– Os maiores fatores de risco para esteatose são obesidade, diabetes e alterações do colesterol. Desta forma, o controle adequado do peso e a realização de rotina clínica com o médico da sua confiança para o diagnóstico e tratamento adequado dessas possíveis alterações são medidas importantes.

– Estima-se que para quem está com sobrepeso ou obesidade, uma perda de peso de 5 a 10% tenha um bom impacto na redução da gordura acumulada no fígado, além de todos os outros benefícios metabólicos.

– Dieta + atividade física aqui funcionam como remédio de verdade! Consulte um nutricionista para saber como equilibrar os nutrientes de forma a manter a saúde do seu fígado. As recomendações atuais para exercícios físicos são de cerca de 150 minutos semanais.

– Não existe comprovação científica de que chás ou determinados alimentos tenham função “desintoxicante” sobre o fígado. Ao contrário, o uso não supervisionado de suplementos, fitoterápicos e medicamentos pode agravar a situação, gerar outros transtornos de saúde ou simplesmente criar uma falsa ilusão de eficácia, atrasando o início de um tratamento efetivo desde o início.

– O tratamento da esteatose costuma ser longo e multidisciplinar: nutricionista, endocrinologista, cardiologista,  gastroenterologista, cirurgião e vários outros profissionais podem ser necessários para evitar a progressão da doença e garantir uma vida melhor e mais saudável.

Fontes:
COTRIM, Helma P et al . NONALCOHOLIC FATTY LIVER DISEASE BRAZILIAN SOCIETY OF HEPATOLOGY CONSENSUS. Arq. Gastroenterol.,  São Paulo , v. 53, n. 2, p. 118-122, June 2016 . Available from http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032016000200118&lng=en&nrm=iso

AUTORA

Ana Carolina da Costa Mello Moreira
Ana Carolina da Costa Mello Moreira Cirurgiã do Aparelho Digestivo – CRMSP 130.766
• Título de Especialista em Cirurgia do Aparelho Digestivo pelo CBCD (Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva)
• Certificada com Área de Atuação em Cirurgia Bariátrica e Metabólica pela SBCBM (Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica)
• Pós Graduada em Cirurgia Bariátrica e Metabólica no Hospital Alemão Oswaldo Cruz (São Paulo – SP)
• Cirurgiã Assistente do Grupo de Cirurgia Bariátrica de Valinhos – GCBV
• Membro Titular da SBCBM e CBCD, e também membro da IFSO – International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Disorders)

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